Sabe aquela dor ou incômodo que você já sentiu nas costas um dia, e com o passar do tempo parece só aumentar?
Esta dor é muito comum, sendo a segunda maior fonte de reclamação na sociedade atualmente, perdendo somente para enxaqueca (dor de cabeça).
Quase 90% da população apresentarão ao menos um episódio desta dor no decorrer da vida, segundo a OMS – Organização Mundial de Saúde.
Para esclarecer as dores nas costas são sintomas e não uma doença, como são entendida pela população. E muitas dessas estão relacionadas a problemas na coluna, posso citar por ordem de acometimento: a dor na lombar (Lombalgia), a dor na cervical (Cervicalgia) e também a dor na dorsal (Dorsalgia), temos alguns exemplos como artrose (desgaste osteo-articular), estenose do canal (fechamento do canal vertebral), espondilolistese (escorregamento das vertebras) e hérnia de disco (desgaste do disco intervertebral) são males comuns no mundo todo e conviver com eles diariamente prejudica o desempenho da rotina do paciente.
Hoje falarei de uma das doenças degenerativas da coluna vertebral muito frequente: a HÉRNIA DE DISCO…
Conhecendo a coluna, a parte mais nobre do esqueleto, pois envolve e protege a delicada medula espinal. Ela se estende a partir do crânio até a pelve, composta 26 ossos: sendo 24 vértebras, as 7 cervicais, as 12 torácicas, e as 5 vértebras lombares, ainda tem o sacro, que são 5 vértebras fundidas e também o cóccix com 4 vértebras fundidas. Além da função protetora, a coluna é o suporte principal do eixo do corpo, em uma estrutura curva e flexível, onde transmite o peso do tronco para os membros inferiores.
Em uma vista lateral são visíveis quatro curvaturas que dão a coluna vertebral uma forma de S. As curvaturas cervical e lombar são côncavas posteriormente, enquanto que curvaturas torácicas e sacral são convexas. As curvaturas servem para aumentar a resistência da coluna, permitindo que funcione como uma mola, ao invés de uma haste rígida e reta.
A coluna vertebral é mantida em sua posição por um elaborado sistema de suportes, propiciado por diversos ligamentos do dorso e músculos do tronco. A sua flexibilidade é permitida pelos discos intervertebrais existente entre cada vértebra, uma almofada de amortecimento durante as atividades como a caminhada, saltos e corridas, composta pelo núcleo pulposo e um colar externo com cerca de 12 anéis concêntricos, chamado de anel fibroso. Eles são responsáveis por 25% da altura da coluna vertebral, que mede cerca de 70 cm. Por causa da compressão e de perda de fluido do núcleo pulposo, eles se achatam ao final do dia.
Aquela dor nas costas, que chega devagar, parecendo inofensiva e que você tende a ignorar; pode indicar a presença de um problema mais grave do que um simples mau jeito ou de uma noite mal dormida. Seria uma hérnia de disco?
Sabemos que esta doença costuma atingir pessoas que tem entre 30 e 50 anos de idade. E que cerca de 20% das pessoas que sofrem com dores nas costas apresentam hérnias de disco, chegando a cerca de 300 mil pessoas por ano no Brasil. Essa é a realidade de 5,4 milhões de brasileiros, que, segundo o IBGE, convivem diariamente com os incômodos causados por elas. Porém o diagnóstico correto é fundamental para a eficácia dos tratamentos e cura.
A doença surge quando a parte de um disco cartilaginoso intervertebral rompe os anéis fibrosos deslocando o núcleo de sua posição “normal”, para a periferia. Surgindo as patologias como: hérnia de disco, abaulamento do disco, prolapso do disco, ruptura do disco. Esta degeneração do disco e a falência mecânica do anel fibroso em direção ao canal medular ou aos espaços por onde saem as raízes nervosas, leva à compressão e inflamação dessas. Teremos o que chamamos de nervo comprimido, nervo inflamado ou pinçamento do nervo como pode se ver no video abaixo
Porém os profissionais de saúde não estão de acordo sobre uma nomeclatura precisa de qualquer um destes termos e, os pacientes podem se sentir confusos quando ouvem seu diagnóstico referido em termos diferentes. A ampla gama de termos usados para descrever problemas de hérnia de disco, leva alguns pacientes a frustração.
A doença ocorre em locais mais expostos da coluna, que suportam cargas e movimentos, como a lombar e a cervical.
A sua idade, o seu comportamento no dia a dia são causas que determinaram o desgaste de suas vértebras; assim como a sobre carga muscular devido a trabalhos pesados, associada à má postura, diminuição da massa muscular de sustentação da coluna e encurtamentos devido ao sedentarismo. Teremos ainda algumas lesões esportivas, acidente ou traumas físicos e psicológicos, tal como o sobrepeso são efeitos que a médio e longo prazo podem causar dores ou aumento da dor. Em resumo a degeneração da coluna é resultado de um conjunto de fatores como genética, hábitos cotidianos, atividade física, obesidade, sobrecarga, dentre outros.
É cada vez mais frequente encontrarmos indivíduos assintomáticos, entretanto, aqueles com quadro de hérnia de disco sintomáticos, é importante que procure um osteopata para um diagnostico preciso. Pois a hérnia pode se apresentar de várias maneiras de acordo com sua morfologia:
Protrusas: Alguns anéis são danificados tornando o disco saliente posteriormente, sem ruptura total dos anéis fibroso.
Extrusas: Ocorre perfuração de todos os anéis fibrosos e deslocamento de parte do núcleo pulposo para o interior do espaço epidural.
Sequestradas: Há rompimento da parede do disco e o líquido gelatinoso migra para dentro do canal medular, para cima ou para baixo. Estas lesões podem acarretar pressão sobre a medula espinhal, causando mielopatia; pressão sobre a cauda equina, acarretando síndrome da cauda equina ou pressão sobre as raízes nervosas, como acontece na ciatalgia (dor ciática), quando o nervo ciático esta acometido. A quantidade de pressão sobre os tecidos nervosos determinará a gravidade do déficit neurológico.
Elas também são classificadas em relação à sua localização: Zona Central, Recesso lateral, Forame, Zona extraforaminal. E ainda pelo tempo de evolução: a dor aguda pode durar várias semanas, até 3 meses; ultrapassando isso chamamos de dor crônicas, o que representa de 1% a 5% dos casos.
Algumas das pessoas que apresentam a dor crônica podem ter períodos de crise (episódios de dor aguda mais intensa), que vão além das dores na coluna, à irradiação para as pernas e braços; apresentando dormência, fraqueza, espasmos nos músculos, dores noturnas, dificuldade de permanecer sentado, tendo um aumento da dor com a tosse ou espirro e o movimento da coluna por conta da compressão dos nervos. Podendo ser aliviadas com pequenos movimentos.
O diagnóstico preciso é imprescindível para identificar a verdadeira causa das dores nas costas, caso seja uma hérnia de qual tipo ela é, onde está afetando. Para determinar a causa é necessário realizar uma avaliação minuciosa com a combinação das três etapas: revisão da história clínica do paciente, o exame físico com testes específicos e observação dos exames radiológicos de imagem, quando necessário.Em muitos casos, a excelência no tratamento dependerá de acompanhamento por vários profissionais: médicos (ortopedista, neurologista), responsáveis pela prescrição medicamentosa; psicólogos, pelo cuidado com o emocional; nutricionista para reeducação alimentar e fisioterapeuta osteopata para correção mecânica na coluna e regiões adjacentes.
Como tratar a hérnia de disco
Isso mesmo, como osteopata, serei o responsáveis por devolver a mobilidade da sua coluna, eliminando as fixações articulares, melhorar as tensões dos tecidos musculares e órgão internos, que justifiquem o sofrimento tecidual que está gerando o seu sintoma (dor) restabelecendo o equilíbrio neuromuscular e mecânico do corpo.
Importante informa-los que cerca de 30% das pessoas que apresenta hérnia sem quaisquer sintomas, e que nem toda dor nas costas é propriamente uma hérnia de disco. Deste modo, uma hérnia, salvo em casos extraordinários, menos 1 a cada 10 casos de paciente com hérnia, uma necessitará de cirurgia, pois há muitos pessoas possuem uma hérnia sendo que a mesma está sem agredir tecido nervoso ou qual e permitindo a mecânica normal da coluna.
Após a correção mecânica indicaremos a pratica de atividade de leve impacto como o Pilates, hidroginástica, musculação terapêutica dentre outras.
Quanto mais cedo iniciarmos o tratamento maior a chance de identificarmos as causas, atuarmos sobre ela, obtendo melhores resultados.
A população necessita de profissionais que sejam resolutivos no tratamento das dores. Portanto fica a pergunta, quem é seu osteopata de confiança?
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